Caixa de História: a educação patrimonial e o ensino de história local

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Caixa de História
Concepção: Luís Reznik
2009-20– – Apoio: Faperj / CNPQ / Petrobras



A Caixa de História é uma iniciativa concebida por Luís Reznik e concretizada por um grupo de professores formado por ele e ainda, Márcia Gonçalves, Marcelo Magalhaes, Helenice Rocha e Rui Aniceto Fernandes – todos membros do Grupo de Pesquisa Oficinas de História. Essa criação coletiva vem se concretizando a partir de diferentes apoios, como a Faperj, o CNPQ e a Petrobras. Essa proposta fez parte do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC em 2009 e segue em plena atividade e realização.
Antes de um projeto, a Caixa de História é uma ideia sobre a educação patrimonial e o ensino de história local. Atividades – todas preparadas para alunos de diferentes séries do Ensino Fundamental – inspiradas em documentos que evocam a história local incentivam a formação de identidades e a valorização do patrimônio material e imaterial pelos alunos moradores dessas regiões. O formato de “caixa” sugere a possibilidade de extrair daquele recipiente inúmeras histórias, em uma criação constante e infindável. Nela estão presentes materiais diversos como pranchas fotográficas, compact disk, papéis, folhetos, livretos, fac-símile de jornais, além de fichas de apresentação do material e de proposição do que deve ser feito para a análise do mesmo em sala de aula.
A partir dos fomentos acima citados, já foram produzidos e lançados as caixas de São Gonçalo e Magé – está em produção a de Itaboraí, assim como também estão em andamento outros trabalhos, desenvolvendo novas frentes a partir da concepção inicial da Caixa de História. Além destes, está em plena realização o projeto Caixa de História Conhecer e Criar, que visa ao acompanhamento do uso da caixa e sua divulgação.

Entenda as premissas da Caixa de História:
“A proposta de ensino-aprendizagem com a mediação de diversos documentos selecionados para a Caixa de História decorre principalmente de três premissas, oriundas do campo da História, da Didática da História e das finalidades do Ensino Fundamental e Médio em nosso país:

1) O ensino-aprendizagem de História é a apropriação de uma linguagem específica. Os conteúdos do ensino são inseparáveis das modalidades de sua transmissão. Para essa apropriação, é necessário aprender as operações intelectuais que permitem a construção desse discurso. Assim, com similitude ao ofício do historiador profissional, o aluno deve aprender as operações que conduzem à “escrita da história”.`Para isso, o uso do documento nas atividades permite a descoberta, a análise e a classificação. O documento e sua confrontação com outros, permite a comparação e a ordenação cronológica e temática de eventos e monumentos;

2) Em segundo lugar, a opção pela organização dos documentos em atividades didáticas se atém à concepção de atividade como um conjunto de ações coerentes que se organizam para que o aluno desenvolva suas próprias capacidades. Os conteúdos conceituais ou factuais se articulam a conteúdos procedimentais, ocorram em projetos ou oficinas. Ali, os alunos devem ler, escrever, pesquisar, relacionar, em atividades que requerem o desenvolvimento de tais habilidades. Para isso, os documentos selecionados são trabalhados no sentido de sua adequação, para serem instrumentos de aprendizagem claros, úteis e funcionais.

3) Por último, as atividades requerem especialmente a interpretação através da leitura e da escrita. Tais habilidades, propostas nas matrizes de referência de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental e Médio, exigidas nas mais diferentes disciplinas, além de sua valorização para melhoria do IDEB, são pouco trabalhadas para além da Língua Portuguesa. Nas atividades da Caixa de História, as habilidades e competências relacionadas nas matrizes de referência de Língua Portuguesa, quais sejam: Procedimentos de leitura; Implicações do suporte, do gênero e /ou do enunciador na compreensão do texto; Relação entre textos; Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido são contemplados em diferentes atividades. Do mesmo modo, algumas atividades privilegiam a análise numérica presente em informações, o que abrange o tema do Tratamento da Informação, em Matemática.”

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